Confira as festas populares que acontecem em Salvador até o Carnaval

O Verão na Bahia, que começa oficialmente no dia 22 de dezembro, é marcado pelas tradicionais festas populares. O calendário dos festejos, porém, é aberto antes do início da estação mais quente do ano, com a comemoração do Dia Nacional das Baianas de Acarajé e termina só na Quarta-feira de Cinzas. 

É preciso ter fôlego e muita energia para curtir tantas festas que atraem turistas baianos, de vários cantos do Brasil e até do mundo. Muitas misturam o sagrado e o profano, com devoção a orixás e santos católicos e com uma boa pitada de farra até o amanhecer. 

Conheça um pouco sobre cada uma delas, veja os dias e os locais onde elas acontecem e se divirta neste verão. 

25 de Novembro – Dia da Baiana

Local: Pelourinho
Esta data abre oficialmente o calendário de festas populares da Bahia e, nada mais justo, que prestar uma homenagem àquela que é o maior símbolo de nossa cultura: a baiana. O evento foi instituído na década de 80 pela Bahiatursa e hoje faz parte do calendário nacional de festas populares, através de lei sancionada pelo ex-presidente Lula. Então, vamos festejar o Dia Nacional da Baiana!

04 de Dezembro – Festa de Santa Bárbara

Local: Centro Histórico e Baixa dos Sapateiros
Não importa se a homenagem é para Iansã, a deusa dos trovões, ou para Santa Bárbara, a padroeira dos Bombeiros e mercados. O que importa mesmo é que seguidores do candomblé e católicos se unem e pintam o centro histórico de vermelho em uma uma linda manifestação de fé. Durante a festa, que foi considerada Patrimônio Cultural da Bahia em 2008, é servido caruru nos mercados e praças do Centro Histórico.

08 de Dezembro – Festa de Nossa Senhora da Conceição da Praia

Local: Comércio
A comemoração em louvor à Padroeira da Bahia é a mais antiga festa religiosa do Brasil. Desde 1550 os católicos prestam homenagens para Nossa Senhora da Conceição da Praia. Uma novena em louvor à santa prepara os fiéis para o ponto alto dos festejos: uma procissão pelas ruas do Comércio com a imagem de Nossa Senhora da Conceição. À tarde a festa religiosa cede espaço para o profano nas barracas montadas no entorno do templo.

13 de Dezembro – Festa de Santa Luzia

Local: Rua do Pilar, no Comércio
As homenagens à  padroeira dos olhos acontece na Igreja que leva o nome da santa, no Pilar (região do Comércio). Fieis formam uma longa fila para molhar os olhos com a água da Fonte do Pilar, inclusive pessoas com problemas oculares que acreditam nos poderes milagrosos de Santa Luzia.   Os festejos incluem ainda alvorada de fogos, missas e procissão.  

01 de Janeiro – Bom Jesus dos Navegantes  e Festa da Boa Viagem

Local: Comércio, Baía de Todos os Santos e Praia da Boa Viagem
Esta é uma das maiores  manifestações de  fé da Bahia. A programação começa no Comércio, na Igreja Conceição da Praia, e depois continua em procissão marítima, quando dezenas de barcos seguem a Galeota Gratidão do Povo pelas águas da Baía de Todos os Santos. O ponto alto da festa é quando os fieis recebem a imagem de Nosso Senhor Bom Jesus dos Navegantes na praia da Boa viagem. Aqui também tem espaço para a festa profana, que acontece em vários lugares da Cidade Baixa.

06 de Janeiro – Festa de Reis

Local: Largo da Lapinha
A festa que simboliza a visita dos reis magos ao Menino Jesus, movimenta o bairro da Lapinha durante três dias do mês de Janeiro. Ternos, ranchos e pastores, vestindo roupas com tecidos brilhantes e coloridos seguem até a Igreja da Lapinha, onde fica montado um presépio. Além de assistir às apresentações, os visitantes podem aproveitar as comidas e bebidas típicas servidas nas barracas montadas no largo. Para os católicos o Dia de Reis é o momento de guardar os presépios montados no Natal.
 

14 de Janeiro – Lavagem do Bonfim

Local: do Comércio ao Bonfim
Quem tem fé vai a pé, e em nenhuma outra data isso é tão claro. Charangas, charretes e grupos culturais compõem esta que é a segunda maior festa popular da Bahia,  atrás apenas do Carnaval. Na segunda quarta-feira do mês de Janeiro, baianos e turistas não abrem mão de vestir roupa branca, andar 8km atrás do acelerado cortejo das baianas, subir a colina sagrada e, por fim, se banhar com água benta nas escadarias da Basílica. Os católicos consideram esta uma manifestação profana.

18 de Janeiro – Segunda-feira Gorda da Ribeira

Local: Ribeira
É realizada na segunda-feira seguinte à Lavagem do Bonfim. Promovida pelos comerciantes que trabalharam na homenagem ao santo mais popular do estado, a festa acontece nas barracas montadas no Largo da Ribeira, onde são servidas bebidas e comidas ao som de muito pagode e arrocha.
 

26 a 29 de Janeiro – Festa de São Lázaro

Local: Federação
Quem for à igreja de São Lázaro, na Federação, durante os dias de homenagem ao santo, vai encontrar banho de pipoca nas escadarias e missas durante todo o dia, numa clara demonstração de sincretismo religioso, já que os seguidores do candomblé festejam no mesmo dia Omolú, o orixá protetor das doenças de pele. Uma procissão com pessoas vestidas de branco pelas ruas da Federação é um dos pontos altos da celebração.

02 de Fevereiro – Festa de Iemanjá

Local: Rio Vermelho
Este é o dia do povo de santo render homenagens à Rainha do Mar seja nas areias da praia, seja nas ruas e bares do Rio Vermelho. Nesta que é a maior manifestação religiosa pública do candomblé,  tem também baianos e turistas de todas as religiões agradando Iemanjá, com flores jogadas ao mar   e balaios de presentes. No final da tarde o grande presente é jogado ao mar por pescadores seguidos por um cortejo de dezenas de embarcações. Mas a festa não para por aí. Os visitantes varam a noite em festas localizadas em todos os cantos do boêmio bairro do Rio Vermelho.

03 de Fevereiro a 10 de Fevereiro – Carnaval

Local: Campo Grande/Castro Alves (Circuito Osmar),  Barra/Ondina (Circuito Dodô) e Centro Histórico (Circuito Batatinha)

20 de Fevereiro – Lavagem de Itapuã

Local: Itapuã
Logo no início da manhã acontece um cortejo religioso pelas ruas do bairro com destino à Igreja de Nossa Senhora da Conceição, quando baianas levam as escadarias do templo. A festa foi idealizada por antiga moradora do bairro, Dona Niçú e é mantida até hoje pelos seus filhos, que oferecem um café da manhã para os moradores do bairro. À tarde é a vez da farra dos blocos de chão e arrastões de moradores do bairro, além do tradicional desfile do Malê de Balê. Em 2009 ficou proibida a participação de  trios elétricos na lavagem.

 

Fote: Ibahia 

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